quarta-feira, 23 de abril de 2014

Campinas enfrenta epidemia de dengue


Já são 5.016 os casos confirmados de dengue na Região Metropolitana de Campinas (RCM), conforme divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde no dia 14 de abril. Este número pode subir, já que 2 mil casos suspeitos ainda estão sendo verificados.
Já há uma morte confirmada e mais seis em investigação. Os últimos dados levantados apontavam 3.615 casos confirmados e mais 3.346 suspeitas. O foco de transmissão da dengue em 2014 está concentrado nas zonas norte, no distrito de Barão Geraldo, e noroeste, nos bairros de Itajaí, Santa Rosa, Florence 1, Rossin, Florence II, Satélite Íris II e Satélite Íris III. 


Mosquito da dengue: O Aedes Egipcts, possui cor
preta com manchas (riscos) brancos no dorso.
Imagem: Creative Commons.


De acordo com a professora da rede municipal Natália Gama, na escola em que trabalha três professores tiveram dengue no mês passado e mais dois neste mês. Além de que dez alunos estão com suspeita da doença. “As pessoas da região até têm bastante consciência dos cuidados para com a dengue, mas o problema maior é com relação às áreas que pertencem à prefeitura. Lá na escola demoraram muito tempo para limpar o terreno. O mato estava enorme”, comentou.

Diversas medidas estão sendo tomadas para o combate e a prevenção da doença em Campinas, como mutirões de limpeza e nebulizações nos bairros mais afetados.  O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, afirmou que adaptações nos Centros de Saúde para garantir atendimento rápido e diagnóstico precoce da doença estão sendo organizadas. As medidas incluem aumento de cadeiras para aplicação de soro, reforço da equipe, criação de novas salas para hidratação, reforço no estoque de soro e de medicamentos para os sintomas da dengue.

A prefeitura também obteve uma liminar da Justiça que permite a entrada de agentes de saúde em imóveis fechados, desabitados, abandonados ou com acesso não permitido pelo morador. O município ainda contará com o apoio da Força Nacional do SUS, para avaliação técnica, e do Exército, que disponibilizou 54 homens que colocarão telas em caixas d´água.

As formas de prevenção já são conhecidas, mas vale lembrar que a reprodução do mosquito se dá em água parada, por isso se deve esvaziar, limpar e manter fechado lugares que possam acumular o líquido – como pneus, caixas d’água, embalagens vazias, garrafas, aquários, vasos de plantas, ralos, calhas, sacos de lixo etc.

O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, procria em grande velocidade. O inseto leva cerca de dez dias para chegar à fase adulta e vive mais 45 dias, em média. Um indivíduo picado leva entre três e quinze dias para manifestar a doença. Os sintomas são: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda do paladar e do apetite, manchas vermelhas na pele, náuseas e vômitos, tontura, fadiga, dor abdominal, dor nos ossos e articulações. Caso haja suspeita da doença, deve-se procurar atendimento médico imediatamente.



Por Karen Tessaro de Melo

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