segunda-feira, 31 de março de 2014

Fundação Casa promove ações para diminuir violência em Artur Nogueira

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) divulgou que 15% dos detidos em Artur Nogueira no ano passado foram menores.
 De acordo com o assistente social do Conselho Tutelar da cidade, Marcelo, 45, a maior causa dessas apreensões foi devido ao tráfico de entorpecentes como maconha, cocaína e crack.

As crianças e adolescentes presos são de diversas localidades do município. “Não tem um bairro específico, mas a maioria vem de bairros periféricos”,explicou Marcelo. Quando retidos, os menores são levados à delegacia e depois encaminhados para instituições como Fundação Centro de Atendimento Sócio Educativo ao Adolescente(Casa) para reabilitação que pode levar de 45 dias a três anos. O tempo é determinado pelo ato infracional e conduta apresentada durante acompanhamento psicossocial. 

Processo de reintegração inclui oficinas e acompanhamento
psicossocial. Foto: Lilyan Militão
A Fundação Casa tem como ação principal aplicar medidas socioeducativas de acordo com as normas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O menor é acompanhado e assistido por profissionais das áreas de psicologia e assistência social. “Essa assistência também é ofertada para a família do menino que muitas vezes possui alguma necessidade”, explica a assistente social e técnica de referência Irene Cordeiro. Durante a reabilitação, o menor cumpre uma rotina que inclui oficinas de teatro, dança, esporte e educação básica.

Após a saída cabe ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) auxiliar a família e o adolescente garantindo a continuidade do acompanhamento psicossocial e incentivando a participação nas oficinas ofertadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras).  Na maioria dos casos o processo de reintegração é bem sucedido. “Sete em cada dez criança passam a ter uma vida normal”, afirma a diretora do Departamento de Promoção Social e gestora de Assistente Social, Edineide Ferreira.

Na última semana de março, L.A. (17) participava pela primeira vez das oficinas da Fundação. “É melhor ta aqui do que na rua”, falava. Hoje, o jovem mora com sua mãe e dois irmãos e conta que os aconselha a não cometerem o mesmo erro que ele. L.A. não quis falar sobre o porquê estava na Casa por ser “difícil relembrar”.

Por Leonardo Lacerda 

2 comentários:

Brenda Paes disse...

Bela matéria, belo texto. Parabéns Saimon!

Unknown disse...

Muito bom, gostei. Isso sim é UNASP!

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