A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) divulgou
que 15% dos detidos em Artur Nogueira no ano passado foram menores.
De acordo com o assistente social do Conselho Tutelar da cidade, Marcelo, 45, a maior causa dessas apreensões foi devido ao tráfico de entorpecentes como maconha, cocaína e crack.
De acordo com o assistente social do Conselho Tutelar da cidade, Marcelo, 45, a maior causa dessas apreensões foi devido ao tráfico de entorpecentes como maconha, cocaína e crack.
As crianças e adolescentes presos são de diversas
localidades do município. “Não tem um bairro específico, mas a maioria vem de
bairros periféricos”,explicou Marcelo. Quando retidos, os menores são levados à
delegacia e depois encaminhados para instituições como Fundação Centro de
Atendimento Sócio Educativo ao Adolescente(Casa) para reabilitação que pode
levar de 45 dias a três anos. O tempo é determinado pelo ato infracional e
conduta apresentada durante acompanhamento psicossocial.
Processo de reintegração inclui oficinas e acompanhamento psicossocial. Foto: Lilyan Militão |
A Fundação Casa tem como ação principal aplicar medidas
socioeducativas de acordo com as normas do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA). O menor é acompanhado e assistido por profissionais das áreas de
psicologia e assistência social. “Essa assistência também é ofertada para a
família do menino que muitas vezes possui alguma necessidade”, explica a
assistente social e técnica de referência Irene Cordeiro. Durante a
reabilitação, o menor cumpre uma rotina que inclui oficinas de teatro, dança,
esporte e educação básica.
Após a saída cabe ao Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (Creas) auxiliar a família e o adolescente garantindo a
continuidade do acompanhamento psicossocial e incentivando a participação nas
oficinas ofertadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Na maioria dos casos o processo de
reintegração é bem sucedido. “Sete em cada dez criança passam a ter uma vida
normal”, afirma a diretora do Departamento de Promoção Social e gestora de Assistente
Social, Edineide Ferreira.
Na última semana de março, L.A. (17) participava pela
primeira vez das oficinas da Fundação. “É melhor ta aqui do que na rua”, falava. Hoje, o jovem mora com sua mãe e
dois irmãos e conta que os aconselha a não cometerem o mesmo erro que ele. L.A.
não quis falar sobre o porquê estava na Casa por ser “difícil relembrar”.
Por Leonardo Lacerda
2 comentários:
Bela matéria, belo texto. Parabéns Saimon!
Muito bom, gostei. Isso sim é UNASP!
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