Poeira em excesso, ruas esburacadas e intrafegáveis. A falta
de asfalto do bairro Cidade Universitária em Engenheiro Coelho tem complicado a
vida dos moradores do local que esperam por uma iniciativa da Associação de Moradores.
“A pavimentação a gente pagou, mas não veio. A empresa
responsável já deveria ter asfaltado. Quando chove essa rua fica só lama e
forma crateras”, conta o motorista empreiteiro, Sérgio Nogueira, 58. O morador
também afirma que as reuniões promovidas pela Associação de Moradores não
chegam a nenhum acordo. “Quando a gente vai na prefeitura ela diz que não pode
resolver”, enfatiza Nogueira.
Ruas sem pavimentação no universitário. Foto: Leonardo Lacerda. |
A dona de casa Iara Vieira, 40, vive há dez anos no local e também
reclama das péssimas condições. “A rua
nunca foi asfaltada e por isso está sempre cheia de buracos”, pontua. De acordo
com os moradores, cada casa é responsável por pagar o asfalto e o preço varia de
acordo com o tamanho da propriedade, podendo chegar a até R$ 7 mil. O valor
pode ser parcelado.
Conforme explica a presidente da Associação de Moradores
Maria Lúcia Kettler, as obras ainda não foram iniciadas porque alguns moradores
não pagaram o valor relacionado à sua propriedade. “Nós dividimos o valor total do empreendimento
pelo tamanho da propriedade de cada morador para que pagassem de forma justa. Só
que as ruas que faltam asfaltar não possuem muitos moradores e alguns não
querem pagar, o que sobrecarrega o valor da obra”, explica a presente. Além
disso, a Associação está devendo a empreiteira que realizou o trabalho
anterior. “Nós estamos devendo a segunda empreiteira no valor de R$ 79 mil
devido a falta de pagamento por parte de alguns dos moradores. Não iremos
começar novas obras enquanto não arrecadarmos dinheiro e os moradores que serão
contemplados com a obra não pagarem.”
Pichação na Sede da Associação dos Moradores. Foto: Leonardo Lacerda. |
Asfalto deteriorado
O estudante Marcus Ascari, 20, mora de aluguel e afirma que
o dono do imóvel pagou a sua parte no asfalto o que levou a pavimentação apenas
para à frente da sua casa. Como moradores das casas antes da dele não haviam
quitado a dívida, portanto estavam sem asfaltamento, as primeiras chuvas
deterioraram o pedaço da obra pronta. “Só essa parte foi asfaltada porque a
gente pagou. Com a chuva, a água veio por baixo do asfalto e acabou com tudo”, relembra
Ascari. Além disso, é difícil a locomoção na rua em época de chuva, o que
também inviabiliza a entrada de policiamento e carro de lixo.
Maria Lúcia explica que a área deteriorada pela água não era
da responsabilidade da Associação e que um proprietário que possuía vários
lotes iria se encarregar do serviço. “Ele disse que não ia fazer via associação.
Disse que ia contratar diretamente a empresa e que as pessoas que morassem
naquele local iriam pagar a ele”, explicou.
Por Leonardo Lacerda
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