Integrantes do coletivo Rede Ativa promoveram um
debate público na Câmara Municipal de Artur Nogueira, a convite do
parlamentar Zé Pedro Paes (PSD), a fim
de pedir isenção da cobrança de pedágios para veículos emplacados nas 20
cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas). O debate
ocorreu em abril.
Pedágio entre Artur Nogueira e Engenheiro Coelho seria afetado com a medida.Foto: Luís Fernando. |
Segundo Cristovan Grazina, um dos organizadores do
grupo coletivo Rede Ativa, o debate em Artur Nogueira foi uma oportunidade para
somar forças. “Muitos que estavam no debate se uniram à ação contra os pedágios
e o reajuste previsto para o dia 1° de Julho deste ano”, aponta.
O
movimento contra os pedágios existe desde o início de 2013. De acordo com Grazina, para que o projeto de Lei
de iniciativa popular seja votado pelos deputados da Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo (Alesp) é necessário coletar 150 mil assinaturas. Mas até
agora o grupo Rede Ativa só coletou 40 mil.
O estilo
das manifestações contra o pedágio adotado pelo coletivo é pacífico e conforme
a Lei – acreditando no exercício da prudente cidadania como forma de se obter a
vitória na causa.
Outras
reuniões como essa já foram realizadas em outras cidades da RMC. O grupo
pretende conseguir todas as assinaturas até o final deste ano. Para isso,
segundo Cristovan Grazina, o coletivo planeja outras iniciativas a fim de
mobilizar pessoas a agirem a favor do acesso livre nos pedágios. Grazina afirma
que o grande desafio e necessidade do grupo é conscientizar pessoas sobre os
prejuízos causados pela cobrança dos pedágios. “Quanto mais pessoas
conseguirmos conscientizar, mais forças nós ganharemos para derrubar esse muro
da vergonha”, frisa.
Quem
se sente prejudicado com os pedágios são os estudantes que cursam faculdade em
cidades próximas das suas. “Com o valor que gasto com o pedágio todo mês, eu compraria os livros
originais passados pelos professores para leitura, e não tirava xérox”,
argumenta o universitário Odair Silva que apoia a ação a favor do passe livre
nos pedágios.
Para o
movimento, a cobrança de pedágio prejudica a integração e desenvolvimento dos
municípios da RMC por impedir a livre circulação de pessoas e mercadorias. Segundo
Grazina o grupo considera a tarifa de pedágio desonesto, “pois a população já
paga o IPVA, imposto cobrado pelo governo destinado à manutenção das vias e
rodovias do País”.
Para
o representante do coletivo Rede Ativa, a cobrança de pedágio é mais do que um
prejuízo econômico “é um atentado contra a cidadania da população”. Para ele,
os pedágios podem ser considerados o que há de pior em termos de exploração. “Por
que precisamos pagar para ir e vir em um lugar que por direito já é nosso?”,
questiona.
As decisões
do grupo não são vinculadas a nenhum partido político.
O
coletivo considera muito importante além do apoio da população, o da classe política
na reivindicação do passe livre nos pedágios.
A
união às reivindicações por passe livre nos pedágios da RMC pode ser feita pela
internet, no site do www.pedagiolivrenarmc.com.br/participe.
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