quarta-feira, 14 de maio de 2014

Manifestantes tentam isentar a cobrança de pedágio na RMC

Integrantes do coletivo Rede Ativa promoveram um debate público na Câmara Municipal de Artur Nogueira, a convite do parlamentar Zé Pedro Paes (PSD), a fim de pedir isenção da cobrança de pedágios para veículos emplacados nas 20 cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas). O debate ocorreu em abril. 
 Pedágio entre Artur Nogueira e Engenheiro Coelho seria
afetado com a medida.Foto: Luís Fernando. 


Segundo Cristovan Grazina, um dos organizadores do grupo coletivo Rede Ativa, o debate em Artur Nogueira foi uma oportunidade para somar forças. “Muitos que estavam no debate se uniram à ação contra os pedágios e o reajuste previsto para o dia 1° de Julho deste ano”, aponta.

O movimento contra os pedágios existe desde o início de 2013.  De acordo com Grazina, para que o projeto de Lei de iniciativa popular seja votado pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) é necessário coletar 150 mil assinaturas. Mas até agora o grupo Rede Ativa só coletou 40 mil.
O estilo das manifestações contra o pedágio adotado pelo coletivo é pacífico e conforme a Lei – acreditando no exercício da prudente cidadania como forma de se obter a vitória na causa.
Outras reuniões como essa já foram realizadas em outras cidades da RMC. O grupo pretende conseguir todas as assinaturas até o final deste ano. Para isso, segundo Cristovan Grazina, o coletivo planeja outras iniciativas a fim de mobilizar pessoas a agirem a favor do acesso livre nos pedágios. Grazina afirma que o grande desafio e necessidade do grupo é conscientizar pessoas sobre os prejuízos causados pela cobrança dos pedágios. “Quanto mais pessoas conseguirmos conscientizar, mais forças nós ganharemos para derrubar esse muro da vergonha”, frisa.
Quem se sente prejudicado com os pedágios são os estudantes que cursam faculdade em cidades próximas das suas. “Com o valor que gasto com o pedágio todo mês, eu compraria os livros originais passados pelos professores para leitura, e não tirava xérox”, argumenta o universitário Odair Silva que apoia a ação a favor do passe livre nos pedágios.  
Para o movimento, a cobrança de pedágio prejudica a integração e desenvolvimento dos municípios da RMC por impedir a livre circulação de pessoas e mercadorias. Segundo Grazina o grupo considera a tarifa de pedágio desonesto, “pois a população já paga o IPVA, imposto cobrado pelo governo destinado à manutenção das vias e rodovias do País”.
Para o representante do coletivo Rede Ativa, a cobrança de pedágio é mais do que um prejuízo econômico “é um atentado contra a cidadania da população”. Para ele, os pedágios podem ser considerados o que há de pior em termos de exploração. “Por que precisamos pagar para ir e vir em um lugar que por direito já é nosso?”, questiona.
As decisões do grupo não são vinculadas a nenhum partido político.
O coletivo considera muito importante além do apoio da população, o da classe política na reivindicação do passe livre nos pedágios.
A união às reivindicações por passe livre nos pedágios da RMC pode ser feita pela internet, no site do www.pedagiolivrenarmc.com.br/participe.


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