quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Genéricos são em média 57,37% mais baratos em São Paulo

Por Bruna Rech

Pesquisa da Fundação Procon de São Paulo mostra que os medicamentos genéricos são em média 57,37% mais baratos do que os de referência na Capital. A pesquisa realizada recentemente envolveu 15 drogarias de diferentes cidades, distribuídas nas cinco regiões do Estado. Para o levantamento foram pesquisados 56 medicamentos, sendo 28 de referência e 28 genéricos. 

O levantamento identificou diferença de até 875,84% nos preços de um mesmo medicamento genérico nas farmácias. O medicamento Nimesulida, 100 mg e com 12 comprimidos, por exemplo, custava R$ 1,78 em um estabelecimento e em outro R$ 17,37. Quanto aos de referência, a maior diferença encontrada foi de 280,06%. O Amoxil (Amoxicilina), da GlaxoSmithKline, 500 mg, 21 cápsulas, foi encontrado em um estabelecimento da capital paulista pelo preço de R$ 15,50 e em outro por R$ 58,91.

Segundo a farmacêutica Danubia Pereira, na comparação entre preços de medicamentos originais e genéricos, observa-se que os medicamentos genéricos são mais baratos. “Os medicamentos genéricos são mais baratos, porque não financiam pesquisas”, salienta. Contudo, a farmacêutica lembra que os medicamentos genéricos de um mesmo laboratório podem apresentar preços diferentes entre as drogarias. “Por isso, para uma melhor compra, é necessário à pesquisa de preços aliada à recomendação e prescrição médica”, diz.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Sanitária (Anvisa), um laboratório perde a patente de um remédio em 20 anos. Após esse período, a fórmula do medicamento de referência pode ser fabricada de forma genérica, levando a queda do preço do remédio. “Os laboratórios precisam repor os gastos que tiveram para desenvolver o medicamento de referência dentro desse prazo, do contrário, saem perdendo”, afirma Danubia. 

Mesmo consciente do menor preço dos medicamentos genéricos, há quem prefira comprar os de referencia. A costureira Márcia Detti, 32 anos, alega nunca comprar remédios genéricos, pois não acredita que eles surtam efeito. “Eu sempre compro os remédios de referência, pois não acredito na eficácia dos genéricos”, comenta. Sobre isso, Danubia diz não ter uma posição, já que a eficácia dos genéricos ainda gera polêmicas na classe médica. Já a aposentada Mercedes Silva, 62 anos, garante não abrir mão dos genéricos. “Além de economizar por serem mais baratos, os genéricos sempre funcionam para mim”, esclarece a aposentada. 

Outro questionamento é a variação de preço de um mesmo medicamento em diferentes estabelecimentos. Segundo Danubia, o preço dos medicamentos é tabelado pela Anvisa. A farmacêutica esclarece que nenhum estabelecimento pode cobrar pelo remédio tanto de referência quanto genérico um valor acima do estipulado, mas pode cobrar abaixo. Por isso, “quanto mais barato a farmácia ou drogaria consegue comprar o remédio, mais descontos ela pode oferecer, a fim de conquistar e fidelizar clientes”, explica.

A farmacêutica recomenda que o consumidor consulte a lista de Preços Máximos (PMC), disponível no site da Anvisa (www.anvisa.gov.br). Além do site, a consulta também pode ser efetuada na lista de preços que devem estar disponíveis ao consumidor, em todas as unidades de farmácias e drogarias.


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